Startup social ajuda mais de 100 mil jovens a entrar no mercado de trabalho

Ser jovem e estar à procura do primeiro emprego é uma tarefa árdua. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a faixa etária que mais tem dificuldades para conseguir a sonhada carteira assinada. Em 2020, a taxa de desemprego entre 18 e 24 anos ficou em 29,8%. Já entre 14 e 17 anos esse número saltou para 42,7%. 

É nesse contexto que o paulistano Flavio Valiati fundou em 2015, quando tinha apenas 23 anos, a Vamos Subir, startup social, sem fins lucrativos, que tem como missão ajudar jovens em início de jornada a se colocarem profissionalmente e ajudá-los a crescer mais rapidamente em suas carreiras por meio da mudança de comportamentos e atitudes.

Na prática, Flavio usa sua experiência de anos como profissional bem-sucedido da área de Marketing e Vendas e sua rede de network para alavancar a iniciativa. Com o suporte de voluntários, mais de 100 executivos e empresas parceiras, a startup oferece aos jovens conteúdos profissionalizantes como, lives, webinars, seminários e workshops sobre competências específicas para as áreas de Vendas, Marketing, Atendimento ao Cliente e Tecnologia. Entre os palestrantes, já passaram pelo projeto executivos de marcas como Salesforce, Facebook, PayPal, McDonald 's, Itaú, Zendesk, Oracle e IFood Magazine Luiza, entre outras.

"Além disso, conectamos esses jovens a oportunidades de emprego. Nossa iniciativa já empregou mais de mil talentos. Tudo isso de forma social e sem custo. Essa é a nossa forma de retribuir para a sociedade aquilo que já fizeram por nós e por isso carregamos a hashtag #GiveBack. Quando comecei fui ajudado e hoje preciso retornar à sociedade”, diz Flávio.

Hoje, aos 29 anos, com passagens destacadas pela Salesforce e Zendesk, e atualmente liderando a área de educação Zoom no Brasil, Flavio Valiati defende que executivos não devem esperar para doar tempo, conhecimento e experiência em trabalhos voluntários. "Eu não quero chegar ao final da vida e falar: agora é minha hora de ajudar. Precisamos pensar em quantas pessoas podem deixar de ser ajudadas neste período. Quando não tinha dinheiro, doava meu tempo. Quando não tinha experiência, doava meu dinheiro. Além disso, a performance do executivo que se envolve com causas sociais aumenta", aponta o executivo. 

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A afirmativa acerca do desempenho dos executivos é certeira. De acordo com a pesquisa “Além do Bem - um estudo sobre voluntariado e engajamento", realizado em 2017, pelo Bank of America Merrill Lync, em parceria com o Santo Caos, 89% dos gestores entrevistados acreditavam que o voluntariado empresarial contribui para a performance de seus colaboradores. Além disso, 90% das empresas consultadas afirmaram que as ações voluntárias aumentaram o espírito de equipe dos funcionários.

Em seis anos de vida, a Vamos Subir já impactou mais de 100 mil jovens, ganhando ainda mais protagonismo durante a pandemia de Covid-19.  Segundo dados do IBGE, houve alta de seis pontos percentuais no número de jovens desempregados em relação a 2019 (dados no início da matéria). É a maior taxa anual da série histórica, iniciada em 2012.

Nesse período difícil, os eventos organizados pela Vamos Subir de forma on-line chegam a atingir mais de dois mil jovens em um único evento. “Dobramos a capacidade de impactar positivamente com o formato virtual e tem sido mais fácil de conciliar a agenda dos executivos. Do lado dos executivos, vejo uma vontade maior de ajudar nesse momento”, afirma Flavio.

E os planos de Flavio para o futuro da Vamos Subir são ambiciosos. O empreendedor social quer impactar 1 milhão de jovens em até 24 meses. “Acredito que por meio da mudança de pensamentos, atitudes e comportamentos podemos "encurtar" algumas etapas da nossa carreira. A ideia é mostrar que mesmo jovem é possível conquistar o sucesso mais rápido do que com o percurso tradicional”, finaliza o executivo.

Mais em: www.vamossubir.com.br ou no Linkedin linkedin - @flaviogvaliati