Vendas de timeshare no Brasil superam R$ 2 bilhões em 2024 e expectativa de crescimento é de 12,8% em 2025

Pedro Cypriano e Fabiana Leite- foto divulgação.

O mercado de timeshare no Brasil registrou resultados expressivos em 2024, movimentando mais de R$ 1,8 bilhão em VGV bruto e ampliando sua base para 142,7 mil contratos ativos, um crescimento de 5,6% em relação ao ano anterior. A expectativa para 2025 é de expansão de 12,8%, conforme aponta a segunda edição do estudo “Timeshare no Brasil: Dimensionamento de mercado e performance”, realizado pela Noctua Advisory em parceria com a RCI.

Panorama do mercado de timeshare

A pesquisa analisou 53 empreendimentos em 14 estados e 33 cidades e mostra que o setor brasileiro está em fase de maturidade, com resultados consistentes e indicadores positivos:

• Ocupação dos resorts: 62,4% (+6 p.p. vs 2023), sendo 13,1 p.p. referentes ao timeshare

• Vendas brutas: 40,7 mil (+10,8% vs 2023)

• Revendas e upgrades: 19,7% do total (+3,4 p.p. vs 2023), mostrando maior fidelização

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• Eficiência em vendas: 27,2% (+2,3 p.p. vs 2023)

• Cancelamentos: recuo para 23% (-1 p.p. vs 2023)

• Inadimplência: queda para 11,7% (-4,6 p.p. vs 2023)

Segundo Pedro Cypriano, CEO e fundador da Noctua: “Nos EUA, o mercado de timeshare movimenta US$ 10,5 bilhões em 2024, com 1,5 mil resorts e ocupação média anual de 80%. No Brasil, apesar dos números positivos, ainda estamos apenas na metade do potencial de crescimento.”

Fidelização e desenvolvimento do setor

Fabiana Leite, diretora da RCI na América do Sul, destaca a importância do crescimento de revendas e upgrades: “O setor não se limita mais à venda inicial. Estamos vendo o fortalecimento de um relacionamento de longo prazo com o cliente, o que mostra amadurecimento e sustentabilidade do modelo.”

A pesquisa aponta também desafios, como alta rotatividade de profissionais e necessidade de aperfeiçoamento contínuo de vendas e pós-vendas.

Recomendações para crescimento do mercado

• Fortalecer o pós-venda, estimulando uso, fidelização, upgrades e facilidade de reservas

• Qualificar o processo de vendas com tecnologia e assertividade

• Ampliar benefícios e experiências aos clientes

• Investir em gestão e qualificação de pessoas, reduzindo impacto da rotatividade

Perspectivas para 2025

Os principais grupos do setor projetam crescimento médio de 12,8% em VGV. Para Cypriano: “O timeshare valoriza ativos hoteleiros e pode mudar o potencial de resultado dos grupos de lazer no Brasil. Ainda há oportunidades para aumentar a ocupação média em 20 p.p., aproximando-se do mercado norte-americano.”

A versão completa do estudo analisa ainda perfil do produto, benefícios dos programas, produtividade da equipe, condições de pagamento e custos de comercialização, disponível gratuitamente no site da Noctua Advisory.